quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Preconceito Linguístico

 O doce amargo da língua

O duelo entre a fala e a gramática, o coloquial e o culto, que só existe na cabeça dos que não conhecem a nossa língua. Segundo estudiosos,como o sociólogo Nildo Viana  o primeiro a tratar desse fenômeno, que para ele é social e está ligado a imposição  pelo poder, que  detém. o domínio sobre a língua e por tanto da condição social.

 
                             
O professor  Antonio Oirmes Ferrari                                             


formado em letras, pela PUC/Campinas desde 1955é  vice- presidente da Academia Saltense de Letras (ASLe), e autor do livro "Nosso Idioma de Cada Dia", cita que  Já na infância a criança ou  pratica ou é vítima do preconceito linguístico. 
Para as crianças que vem do campo por exemplo, falando "caroça" em vez de carroça e enfatizando o "rr" pelo sotaque, ela é logo o alvo de brincadeiras dos colegas, ou seja, vítima do preconceito linguístico, que vem com uma carga psicológica e social muito pesada. Afirma.Somos cerca de 190 milhões de brasileiros,  e temos uma unanimidade linguística, isso é rico e diferente de outros paises, como na Itália, onde existe dialetos; lá compatriotas não conseguem se comunicar como nós.
Há sim uma diferença entre o português culto e o coloquial, mas isso é salutar. A língua mais bem falada (dizem os teóricos) é a de Santa Catarina e do Maranhão.
Como curiosidade vale lembrar que   Há  fatores  primordiais  que pode influênciar nas diferenciações dos sotaques, como: o clima, a geografia e claro a chegada de estrangeiros e até miscigenação. Quando jovem o educador que se formou em 1955, por cinco anos, deu aulas em Campos do Jordão, e lá conheceu vários estrangeiros, entre eles um casal de portugueses." Gente simples, camponeses, que estavam na cidade por motivos de saúde, percebi que eles falam um português correto, culto, isso porque em Portugal, não houve influência de outras línguas como aqui então, lá  o rico e o pobre falam a mesma língua". Comclui Ferrari.
 

http://marcosbagno.com.br/site2/conteudo/quememb.htm 
Segundo Marcos Bagno, autor de " Preconceito Linguístico - o que é, e como se faz"
O preconceito de toda espécie é de absoluto mal gosto e também o da lingua é sempre resultado de uma ideologia. Preconceito linguístico é deboche, a sátira, ou não tolerância em relação ao modo de falar das pessoas.
 

        A estudante do terceiro semestre de Pedagogia
             Valéria Oliveira 
           pretende combater essa forma de preconceito
               ao formar-se professora.
  A língua falada é diferente  da  escrita, permitindo  os regionalismos/sotaques não tem nada de errado carregar  na fala, as influências que faz rica nossa cultura. Enfatiza A falta de conhecimento, que aliás, gera maioria dos preconceitos, e no caso do linguístico, a elite que detem o poder econômico é a mesma que detém o conhecimento e a mídia. A TV, padroniza  a linguagem entre o carioca e o paulista, vivemos sem dialetos num pais continental, isso devia ser respeitado e valorizado, e não censurado.
É uma
pena que o Brasil, não conheça o Brasil, falamos inglês, mas não sabemos como fala o sulmatogrossensse, o acreano ,ou os que nascem no Rio Grande do Norte.
É lamentável como as Tvs especialmente as novelas e os programs de humor trata os sotaques, especialmente o nordestino, deixam caricatos, próximo do deboche.
Gostaria de mudar isso, como pedagoga/professora , ainda acredito que a escola pode ser o elo, e ponte, para que as crianças deixem de ter preconceitos de todos os tipos, especialmente o lingüístico, que fomenta  todos os outros.
A futura educadora também se posiciona com respeito aos professores, e o bulling sofrido por alunos que carregam consigo a geografia na  língua.

As aulas de pedagogia nos prepara, para combater a todo tipo de exclusão, seja social, religiosa, étnica, e cultural dentro da sala de aula, mas depois de formado alguns professores, acabam esquecendo as diretrizes do bem educar,esquecendo a missão
de zelar pela nossa língua.
Como professora quero passar para os meus alunos, que o Brasil é mais do  qual  se vê na TV, é mais rico, vasto, maravilhoso em grande parte pela divercidade linguística que temos.
Eu sou uma apaixonada pela língua portuguesa, e não acredito que ela seja difícil e complicada,  ela é pouco conhecida, pouco explorada por nós. Estou lendo o livro "O que é Cultura" de José Luis dos Santos, que aborda bastante sobre linguagem.




Sotaque dos famosos
"Tinha o sotaque carregado dos gaúchos".
define Patrícia Poeta apresentadora do Fantástico, que por causa da ansiedade, engordou 5 quilos, que batalhou para perder. Aos poucos entrou no eixo, saiu do pânico e ganhou confiança. Quando perdeu o sotaque.
A  fonoaudióloga Maria Silvia Siqueira Campos diz que Grazi Massafera atriz global, trabalhou a percepção auditiva, para ver onde o sotaque é mais forte. E era, justamente, no ‘erre’ do interior. Coisa carismática, que às vezes cai para o mineiro. São coisas que a gente foi suavizando
Contrariando a regra, a ex-jogadora de basquete   Hortência(Piterendaba), o comentarista de futebol da TV Band José Ferreira Neto(Santo Antonio Da Posse), e a atriz Vera Holtz(Mairinque), preservam o sotaque caipira do interior paulista  com orgulho, que em  nada atrapalhou o sucesso de cada um deles.
Curiosidade
no site a baixo,
Como é e como se faz, 
o preconceito linguístico
em Portugal de onde originou
 nossa língua.

http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&catid=3&id=1142&Itemid=81
Falar bem a língua mãe é importante para qualquer cidadão, a língua é a identidade de um povo junto a sua cultura, etnia e religião. Já na época das Conquistas, o primeiro ato do dominador era impor sua língua, dominá-la sempre representou poder. Para algumas profissões, a língua é primordial para ser admitido. Para trabalhar como atendente de Tele Marketing, por exemplo, as atendentes passam por treinamento de como bem falar para atender ao público. A padronização linguística fez com que uma jovem de origem mineira, fosse reprovada para o trabalho no “call center” na cidade de Itu pela fonoaudiologa, por não ter conseguido perder o “S” duplo que os vindo das minas gerais carregam ao falar.
Como todo preconseito, também o linguístico repercute alcançando a liguaga dos surdos a libra e ao estrangeiro, que mesmo depois de muitos anos no Brasil ainda carrega o sotaque da terra natal. Embora cada um deles tenha dado sua contribuição para todos os dicionários que temos.
Preconseito linguístico o que é e como se faz já sabemos, resta aprender a combatê-lo.

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