Susana Toledo
Edimilson José Martins
Nenhuma surpresa quando cheguei para entrevistá-lo, já sabia o que ia encontrar como todos que passam pela Rua 24 de outubro, quase esquina com a Emílio Ribas, no Jd. Bela Vista, em Salto.Martins, de 46 anos, da área de sua casa distribui sorrisos, assovios para os mais íntimos uma simpatia só. Tudo isso seria normal para um homem dessa idade se Martins não tivesse artrite romatóide, que limita sua locomoção e gestos.
A artrite ataca os ossos e as suas articulações inflamando-as e ao secatrizar sedimenta. com o corpo preso a uma cadeira de rodas ao lado de sua inseparável varinha que o deixa com um ar meio de mago Martins vê o mundo e opina sobre ele. A doença o pegou aos 8 anos e o degenerou até os 20 como disse :"ela fez tudo que tinha que fazer comigo, foi até onde podia ir, agora não me ataca mais, estabilizou".Ele abordou todos os assuntos com interesse entre risos e piadinhas, que deixa escapar entre o sorriso trépido e o olhar ligeiro por trás dos óculos. Fala de si sem nenhuma ponta de pesar.
Nenhuma surpresa quando cheguei para entrevistá-lo, já sabia o que ia encontrar como todos que passam pela Rua 24 de outubro, quase esquina com a Emílio Ribas, no Jd. Bela Vista, em Salto.Martins, de 46 anos, da área de sua casa distribui sorrisos, assovios para os mais íntimos uma simpatia só. Tudo isso seria normal para um homem dessa idade se Martins não tivesse artrite romatóide, que limita sua locomoção e gestos.
A artrite ataca os ossos e as suas articulações inflamando-as e ao secatrizar sedimenta. com o corpo preso a uma cadeira de rodas ao lado de sua inseparável varinha que o deixa com um ar meio de mago Martins vê o mundo e opina sobre ele. A doença o pegou aos 8 anos e o degenerou até os 20 como disse :"ela fez tudo que tinha que fazer comigo, foi até onde podia ir, agora não me ataca mais, estabilizou".Ele abordou todos os assuntos com interesse entre risos e piadinhas, que deixa escapar entre o sorriso trépido e o olhar ligeiro por trás dos óculos. Fala de si sem nenhuma ponta de pesar.
Martins é o sexto filho de Mariano e Nadir, nascido em Capivari, SP cita como consegue ser comunicativo atualmente coisa que não conseguia ser quando mais jovem pela doença e preconceitos que sofria. "agora estou mais saidinho, mas nem sempre fui assim, atualmente me comunico mais, já me chamaram de subversivo, mas sou mesmo meio transgressor". pontua cheio de malandragem na voz. Sua primeira cadeira de rodas enferrujou por não ser comunicativo como é hoje, na época não sabia reivindicar seus direitos.Martins, bem a sua maneira, exerce a maior comunicação com todas as pessoas mesmo tendo estudado praticamente três anos na escola em toda a sua vida, se tornou um autodidata, leitor muitos livros e falando um inglês fluente que aprendeu sozinho, Martins confessa sua maior paixão e frustração.
"Sou maluco por música, simplesmente amo cantar e tocar,violão toquei dos 8 até os 20 anos, mas depois não deu mais" enquanto fala pela primeira transparecer uma ponta de tristeza por trás do óculos que ajeita com sua varinha. "Eu cantava fazendo falsete estilo Bee Gees e isso me rendeu um calo vocal por não ter uma orientação com um professor de canto. Agora recebo orientação de uma fonoaudióloga e hoje só canto em "karaoke" sabe como é tenho voz grave não dá para cantar Bee Gee".
Sobre namoradas Martins deixa transparecer que é paquerador e está em pleno vigor. "Fui criado numa família muito rígida então até hoje não tive uma namorada oficialmente falando, mesmo porque preciso ter uma renda para levar a garota a algum lugar para jantar e a outros lugares mais calhentes também. Sinto falta de privacidade também se pudecesse morar só ". E volta um certo amargor quando fala de uma outra deficiência que adquiriu:a falta de renda.
"Está na justiça mas nunca sai, e a pensão por deficiência me ajudaria muito até a ter acesso a uma faculdade de longa distância ou até mesmo um emprego. A minha maior deficiência hoje meu obstáculo maior é essa ausência de renda que me poda. Posso dizer que a minha limitação maior é não ter acesso a internet por não ter uma renda para manter a rede conectada. E essa falta de renda não me deixa viver melhor. Não posso viajar conhecer outros lugares mas nem mesmo apanhar um táxi para fazer exames ou ir ao dentista quando tenho que faze-lo é uma de minhas sobrinhas que desce comigo ladeira a baixo no sol quente empurrando uma cadeira de rodas ".É categórico "Tenho medo de avião grande , mas quero e vou andar de elicóptero".
"Está na justiça mas nunca sai, e a pensão por deficiência me ajudaria muito até a ter acesso a uma faculdade de longa distância ou até mesmo um emprego. A minha maior deficiência hoje meu obstáculo maior é essa ausência de renda que me poda. Posso dizer que a minha limitação maior é não ter acesso a internet por não ter uma renda para manter a rede conectada. E essa falta de renda não me deixa viver melhor. Não posso viajar conhecer outros lugares mas nem mesmo apanhar um táxi para fazer exames ou ir ao dentista quando tenho que faze-lo é uma de minhas sobrinhas que desce comigo ladeira a baixo no sol quente empurrando uma cadeira de rodas ".É categórico "Tenho medo de avião grande , mas quero e vou andar de elicóptero".
A respeito de sua superação Martins fala com um certo orgulho .
"Apartir dos 20 anos, comecei a botar a cara na rua dá-la a bater, me expor e fazer amigos, muitos amigos. É uma luta diária, mas sempre estou vencendo. Se não posso correr atrás das coisas boto minha voz no lugar dos pés e chego lá."
Confessa seu maior desejo.
"Sou doido para ser radialista queria muito ouvir minha voz por ai ". E Martins leva mesmo jeito tem voz suave, grave e aveludada típica, nos negros. Martins demostra ser antenado, noveleiro e amante do noticiário de TV disse que os pais estão muito ausentes na criação dos filhos. Atualmente se dá muito bem com todos os sobrinhos e se daria bem com um filho se o tivese comenta. Deve ser muito triste um filho se abrir com um amiguinho de balada no lugar do pai.
Aos 9 anos de idade, sem conhecer muito as regras do futebol, por ser um garoto que não vivia nas ruas, e não sabia nada da várzea foi convocado pelos amigos para sustituir um colega, todos o chamando de Pelé e ele com a artrite no começo não o atrapalhando quaze nada, portanto muito veloz. A única certeza era que a bola tinha que entrar no gol ele chutou e marcou um belo gol até, mas só que contra e demorou a entender porque metade dos garotos comemorava e outra metade falava: " Eu vou te matar Pelé! ".
Aos 9 anos de idade, sem conhecer muito as regras do futebol, por ser um garoto que não vivia nas ruas, e não sabia nada da várzea foi convocado pelos amigos para sustituir um colega, todos o chamando de Pelé e ele com a artrite no começo não o atrapalhando quaze nada, portanto muito veloz. A única certeza era que a bola tinha que entrar no gol ele chutou e marcou um belo gol até, mas só que contra e demorou a entender porque metade dos garotos comemorava e outra metade falava: " Eu vou te matar Pelé! ".
O sorriso de superação
de Martins
Informações
sobre a doença
no site a baixo
de Martins
Informações
sobre a doença
no site a baixo
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/arj_tatiane.htm